Boa noite, amados amantes das Letras!
Sabemos que a proposta do Blog não é expor assuntos políticos, sociais ou algo do gênero. Entretanto, como estudante de um curso de licenciatura e, também, brasileira, apresento uma nova abordagem no post seguinte. É provável que você, caro leitor, já tenha tomado conhecimento da problemática manifestação dos professores no Rio de Janeiro e reconhece a situação caótica em que nossa "idolatrada" pátria se encontra. Um grande Mestre da minha Universidade, Professor Anderson Xavier, compartilhou um texto de sua autoria em sua rede social que trata toda essa questão de forma objetiva. Particularmente, considero o texto fantástico e seria "melhor" se não fosse trágico.
Enfim ...
Boa leitura!
"Espantando
ainda com o tratamento dispensado aos professores do Rio de Janeiro, me
vejo enclausurado em uma rede hipócrita e medíocre que eleva a Educação
ao patamar de solução incontestável para o fracasso social e econômico
brasileiro. O slogan “Educação é a solução” é uma mentira nefasta que
causa asco em todos aqueles que estão envolvidos direta ou indiretamente
com a formação sistemática e regular no Brasil.
Muitos são os motivos para o niilismo e o caos vivenciados na sociedade brasileira. Fazendo um recorte geográfico, nos reportamos ao caos fluminense. Na segurança pública, vivemos uma higienização dos pontos possivelmente turísticos do Rio de Janeiro, com a sujeira sendo jogada para Baixada do tapete ou nas zonas, que não são sul, na verdade, zonas mesmo.
Na saúde, o pingado agora é intravenoso, parto se faz com anotação de caneta no braço e hospital é fechado para balanço. Contudo, o secretário de saúde insiste em dizer que deu um Upa na saúde pública do Estado.
Sobre a Educação... as reticências dariam tranquilamente conta do recado, mas ainda é necessário dizer mais. Professores agredidos simbólica e fisicamente. Alunos sem estímulo, sem merenda e sem escola (algumas derrubadas, outras fechadas, outras, que deveriam existir, mas que sequer saíram do papel, quando há papel).
Assim se faz um Estado fascista, antidemocrático e, obviamente, corrupto. Esse tom de arauto do caos soa ingênuo e a análise superficial. Poderíamos escrever uma tese sobre os mandos e desmandos dos governos municipal e estadual ou poderíamos produzir um documentário sobre a situação precária anunciada acima. O que fazemos é apenas um texto sem pretensões, ambições e esperança.
Afirmamos que o Estado, por meio de suas instituições, consegue fazer algo mais nefasto do que oferecer (ou negar) Educação, Segurança e Saúde, questionáveis. Há algo subentendido para alguns e bem explícito para os professores do Estado e que é bem mais nocivo e prejudicial. O Estado precariza os serviços públicos e, com isso, faz com que seus cidadãos não criem PERSPECTIVA. O Estado não nos confere horizonte.
Um povo que não projeta, que não sonha, não realiza. Fica estagnado, trancafiado na acomodação e na ignorância. Instaura-se um círculo vicioso e viciado que faz com que professores, alunos, pais jamais falem a mesma língua. Professores presos em seu castelo de cartas marcadas, alunos presos em seus aparelhos eletrônicos e os pais presos às necessidades do dia-a-dia.
O tom de lamentação é geral e proporcional à inércia social provocada, também, pela cultura de massa, pelo padrão televisivo, pela mediocridade que assola todos os setores da sociedade. Cada vez sabe-se menos. É assim... sem perspectiva, vontade, luta (alguns milhares de professores ainda resistem). Resta-nos o luto em relação a um defunto, fétido e podre, que jaz há tempos: A sociedade civil e democrática."
Muitos são os motivos para o niilismo e o caos vivenciados na sociedade brasileira. Fazendo um recorte geográfico, nos reportamos ao caos fluminense. Na segurança pública, vivemos uma higienização dos pontos possivelmente turísticos do Rio de Janeiro, com a sujeira sendo jogada para Baixada do tapete ou nas zonas, que não são sul, na verdade, zonas mesmo.
Na saúde, o pingado agora é intravenoso, parto se faz com anotação de caneta no braço e hospital é fechado para balanço. Contudo, o secretário de saúde insiste em dizer que deu um Upa na saúde pública do Estado.
Sobre a Educação... as reticências dariam tranquilamente conta do recado, mas ainda é necessário dizer mais. Professores agredidos simbólica e fisicamente. Alunos sem estímulo, sem merenda e sem escola (algumas derrubadas, outras fechadas, outras, que deveriam existir, mas que sequer saíram do papel, quando há papel).
Assim se faz um Estado fascista, antidemocrático e, obviamente, corrupto. Esse tom de arauto do caos soa ingênuo e a análise superficial. Poderíamos escrever uma tese sobre os mandos e desmandos dos governos municipal e estadual ou poderíamos produzir um documentário sobre a situação precária anunciada acima. O que fazemos é apenas um texto sem pretensões, ambições e esperança.
Afirmamos que o Estado, por meio de suas instituições, consegue fazer algo mais nefasto do que oferecer (ou negar) Educação, Segurança e Saúde, questionáveis. Há algo subentendido para alguns e bem explícito para os professores do Estado e que é bem mais nocivo e prejudicial. O Estado precariza os serviços públicos e, com isso, faz com que seus cidadãos não criem PERSPECTIVA. O Estado não nos confere horizonte.
Um povo que não projeta, que não sonha, não realiza. Fica estagnado, trancafiado na acomodação e na ignorância. Instaura-se um círculo vicioso e viciado que faz com que professores, alunos, pais jamais falem a mesma língua. Professores presos em seu castelo de cartas marcadas, alunos presos em seus aparelhos eletrônicos e os pais presos às necessidades do dia-a-dia.
O tom de lamentação é geral e proporcional à inércia social provocada, também, pela cultura de massa, pelo padrão televisivo, pela mediocridade que assola todos os setores da sociedade. Cada vez sabe-se menos. É assim... sem perspectiva, vontade, luta (alguns milhares de professores ainda resistem). Resta-nos o luto em relação a um defunto, fétido e podre, que jaz há tempos: A sociedade civil e democrática."
Autor: Anderson Xavier
Postado por: Jamily Martins
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